Arquivo | maio, 2013

Romã pode ser aliada na prevenção do Alzheimer.

23 maio

 

 

 

Da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP vem uma novidade animadora sobre Alzheimer. A pesquisadora do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), Maressa Caldeira Morzelle, com a orientação da Professora Jocelem Mastrodi Salgado, realizou uma pesquisa com resíduos de romã e constatou sua potencialidade como aliada na prevenção da doença.

De acordo com a pesquisa, apenas na casca da fruta é possível encontrar mais antioxidante do que em seu suco e sua polpa, e os antioxidantes são essências para a prevenção contra os radicais livres que matam as células do nosso corpo, o que acarreta em doenças degenerativas em geral. Inúmeros estudos indicam que entre pessoas que consomem frutas e verduras regularmente é raro o diagnóstico de doenças degenerativas decorrentes da idade avançada.

Morzelle elaborou, em sua pesquisa, uma forma de processamento para que o produto seja industrializado em cápsulas. Ela buscou alternativas que pudessem concentrar todo o extrato da casca, em pó, para ser diluído ou adicionado a sucos de outros sabores, levando em consideração os desafios do processamento e armazenagem, e o fato de que a adição do composto bioativo não poderia afetar as propriedades sensoriais do produto final. Segundo ela, os testes já permitem dizer que o produto foi aprovado e estará disponível para uso industrial.

Poder antioxidante

Antioxidantes são essenciais para a prevenção dos radicais livres, substâncias que produzimos em nosso organismo e que contribuem para o envelhecimento e surgimento de doenças. De acordo com a pesquisa, apenas na casca da romã é possível encontrar mais antioxidantes do que no suco e na polpa da fruta.

Segundo Morzelle, a casca da romã, quando industrializada, não teve sua atividade anticolinesterásica (inibidora de enzimas associadas ao Alzheimer) e sua capacidade antioxidante afetadas. “Desta forma, verifica-se o potencial para a indústria no emprego das microcápsulas à base do extrato da casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção do mal de Alzheimer”, conclui a pesquisadora.

O poder das frutas

Zilmar de Barros, outro pesquisador da casca da romã, constatou seu benefício na proteção a doenças degenerativas em 2011, quando defendeu sua dissertação de mestrado também na Esalq.

Para ele, não só a romã como outras frutas, especialmente as brasileiras, não recebem a devida atenção quando o assunto é saúde. “Desde a pré-história, as frutas desempenham papel importante na alimentação do homem, mas só agora começamos a prestar mais atenção aos fatores medicinais de seu consumo”, comentou em sua dissertação.

Segundo o pesquisador, a romã tem efeito anti-inflamatório e possui elevada quantidade de antioxidante, especialmente na casca. “Elas são subaproveitadas, embora sejam uma excelente fonte de antioxidantes”, comentou.

A pesquisa conduzida por ele demonstrou, ainda, que a casca de romã processada pode ser utilizada para fornecer a sucos industriais já comercializados no mercado sua característica antioxidante sem que alterações no sabor sejam registradas. O preparado desenvolvido por Barros, feito à base de um grama de casca de romã desidratada, quando adicionado aos sucos, aumenta em praticamente 30 vezes a capacidade antioxidante do suco ao qual é acrescentado.

Após essa adição, a taxa de antioxidantes manteve-se estável. “Isso é importante, já que, se for utilizado comercialmente, a estocagem não deve tirar as características do produto”, informou. Segundo a Esalq, o composto foi aprovado para uso industrial e sua comercialização por empresas do setor está em fase de negociações.

Benefícios

Originária do sudeste asiático, a romã ganhou fama, no Brasil, graças às simpatias de fim de ano. Segundo o dermatologista Claudemir Peixoto, porém, os benefícios da fruta são desconhecidos da maioria das pessoas.

Segundo ele, os antioxidantes atuam no combate aos radicais livres que causam envelhecimento precoce, flacidez da pele, celulite, perda da elasticidade, rugas etc. “Por ter muito antioxidante, a romã também inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas na pele causadas pelo sol”, comenta.

O chá da casca também é popularmente utilizado contra infecções de garganta, já que as cascas e sementes da fruta possuem propriedades anti-inflamatórias capazes de aderir à mucosa, protegendo-a e aliviando as dores. “Consumir romã, certamente, é um excelente ganho para a saúde”, comenta o clínico geral Joaquim Ribeiro.

 

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/02/06/casca-de-roma-previne-o-mal-de-alzheimer-mostram-pesquisas-da-usp.htm

Jornal Quinzenal para Idosos em Portugal é novidade!

23 maio

Em Portugal foi lançado o Jornal Sênior, dedicado à população idosa e divulgado semanalmente.

Como já de conhecimento mundial, a população idosa vem ganhando cada vez mais espaço devido ao seu aumento progressivo nos últimos anos.Políticas Públicas fazem-se necessárias para atender esta demanda, bem como a atenção da mídia também deve ser voltada à ele.Claro, não apenas aos idosos, mas uma maior atenção deve ser dispensada, uma vez que é uma faixa etária crescente e ainda sem a devida conscientização populacional.

O jornal abordará diferentes temas como: esportes, lazer, politica,sexualidade,saúde, entre outros e também serão providos de atividades que estimulem a cognição e previnam as demências, como as palavras cruzadas.

A equipe é composta por 20 jornalistas, sob direção do jornalista Mário Zambujal, de 77 anos. Zambujal é jornalista,já foi jornalista desportivo na RTP(Rádio e Televisão de Portugal) e apresentador do programa “Domingo Desportivo”, de Portugal e atual presidente do clube dos Jornalistas.

Uma bela iniciativa para o estímulo cognitivo e interação social,até porque o jornal está disponível online no endereço: http://jornalsenior.com.br/jseditlv.aspx?ID=9

Triste mesmo foi ouvir, durante uma entrevista com Zambujal no Globo News, a apresentadora dizer que “o jornal só não poderia ser digital, senão não ia dar certo”.

São essas pequenas demonstrações de pré-conceito e falta de informações que nos fazem questionar o quanto estamos preparados para essa nova fase da velhice?

 

 

Exercícios e o envelhecimento saudável

6 maio

 

A diminuição da taxa de natalidade e o avanço nos serviços de saúde têm levado ao aumento da população idosa no Brasil e com isso, novas preocupações e questionamentos tem sido feitos acerca das possibilidades para envelhecermos com saúde. É indiscutível que adquirir hábitos salutares de vida contribuem para o sucesso do envelhecimento, como a dieta adequada e a prática de exercícios físicos.

Muitos são os benefícios dos exercícios físicos na saúde física, mental e social dos idosos. Todos devem praticar alguma modalidade de exercícios físicos, escolhendo aquela que melhor se adaptar a sua condição física e preferência pessoal.

Dentre os benefícios físicos vale ressaltar a melhora da força muscular, equilíbrio, flexibilidade, resistência aeróbia e composição corpórea, que interferirão de maneira positiva na realização das atividades de vida diária e instrumentais do idoso.
Atualmente muito se fala da memória do idoso e o exercício físico é um grande instrumento para a manutenção e melhora dessa capacidade. Por meio dele, de sua repetição e dificuldade na realização dos movimentos trabalhamos a concentração, atenção, raciocínio e aprendizado motor.

Tem-se observado que idosos ativos melhoram sua capacidade cognitiva, porém são poucos os profissionais da saúde que utilizam este expediente. Cabe lembrar que, por meio prática regular e sistemática, liberamos maior concentração de hormônios da hipófise anterior (beta-adrenérgicos), que nos proporcionam a sensação de prazer e bem-estar, o que diminui e previne condições depressivas.

Outro aspecto relevante é que com o envelhecimento é muito comum que a nossa rede social diminua, devido à aposentadoria e à perda de amigos e familiares. Participar de grupos de atividade física contribui para o aumento dessa rede social e do autocuidado, o que permite ao idoso uma nova visão do processo do envelhecimento.

A relação entre o envelhecimento do sistema imunológico e exercício físico também é importante. Idosos praticantes de atividades apresentam menor incidência de infecções respiratórias e urinárias, além de terem uma recuperação mais rápida. Temos ainda, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar empregado em programas de atividade física para idosos, uma economia de US$ 4,5 em serviços de saúde.
Com tudo isso, cabe aos profissionais da saúde incrementar os núcleos de prática de exercício físico para idosos e divulgar seus benefícios. Ao final, teremos uma população idosa mais ativa e saudável.

FERNANDA VARKALA LANUEZ

Fisioterapeuta formada pela UMC, coordenadora do Curso de Fisioterapia da UNINOVE, pesquisadora do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)