Arquivo | abril, 2014

O dia em que morri…

24 abr

Estranho? Nem tanto. Se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo!

Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro. Vou contar como tudo aconteceu.

A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.

Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável.

Passei a não saber lidar com as mudanças. Elas me aterrorizavam.

Depois vieram outras mortes. Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.

Morri no dia em que meus lábios disseram, não. Enquanto o meu coração gritava, sim! Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina. Morri no dia em que me entreguei à preguiça. No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma. Você pensa que não decide essas coisas? Lamento. Decide sim! Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.

Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só. Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura. Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor. Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.

Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis. A pior delas? Eu mesma. Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões. No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos. Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei. Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia. Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor. Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.

Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã. Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou. Ficou vazio… Sem história, música ou cor. Não morri de causas naturais. Fui assassinada todos os dias. As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.

O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas. É dessas que me despeço.

Assinado,

A Coragem

Texto de Lígia Guerramorte-consciente

Trocando Baterias

24 abr

 

Para quem já assistiu Frank e o robô a história soa familiar.

Um curta muito interessante, que reúne diversos aspectos da velhice e nossa atual tecnologia.

Alzheimer- um relato descrito pelo paciente.

24 abr

Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer.
Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.

Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.

Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.

Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite.
Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.

Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal.
Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.

Hoje sabemos que esse material é o acumulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.

No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.

Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.

Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.

Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.

Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.

A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.

Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
Arthur Rivin
(Foi Clínico-Geral e é Professor Emérito da Universidade da Califórnia)alzhaimer1

Multimorbidade e a saúde do idoso

24 abr

 

 

 

idoso saude

A multimorbidade é um novo fenômeno na esfera da saúde do idosos que caracteriza-se por um conjunto de condições crônicas de saúde e suas implicações no contexto global do indivíduo.

As estatísticas mostram que hoje em dia 50% dos idosos possuem três ou mais condições crônicas de saúde e 20% apresentam cinco ou mais condições.

Os impactos na saúde do idoso são diversos, como: hospitalização, mortalidade, institucionalização, readmissão hospitalar ( o que é uma grande indicador), entre outros.Também está presente na multimorbidade a polifarmácia, que carateriza-se pela utilização de diversos medicamentos para as diversas morbidades presentes e que podem implicar em efeitos adversos e também iatrogenia.

Faz-se necessário com o cuidado do idoso mutimórbido um plano de intervenção multidisciplinar, respeitando as subjetividades do idoso em questão e estando atento aos sinais atípicos apresentados no quadro.

 

Por Carla Mariá

 

 

Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza 2014 para idosos.

23 abr

A campanha nacional de vacinação contra a gripe deste ano será realizada de 22 de abril a 9 de maio, sendo 26 o dia de mobilização nacional.

O público-alvo da campanha de vacinação contra a gripe é de 49,6 milhões de pessoas e a meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% desta população, considerada de risco para complicações por gripe. Integram este grupo:

– Crianças de seis meses a menores de cinco anos;

– Pessoas com 60 anos ou mais;

– Trabalhadores de saúde;

– Povos indígenas;

– Gestantes;

– Puérperas (até 45 dias após o parto);

– População privada de liberdade;

– Funcionários do sistema prisional.

As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.

Academia gratuita para idosos- iniciativa do Governo do Estado de São Paulo.

23 abr

Governo do Estado de São Paulo lança cartão benefício ao Idoso onde o SEEAATESP negocia frequência em Academia.

Academias e Clubes de São Paulo são convocados a aderir ao VidAtiva para Idosos

O Sindicato das Academias de São Paulo apoia o Programa Cartão VidAtiva para Idosos – uma iniciativa do Governo do Estado que visa estimular a prática de atividade física orientada para pessoas com mais de 60 anos – e convoca academias e clubes a aderirem à ação. Por meio de um cartão magnético vinculado ao pagamento de estabelecimentos credenciados, o idoso pode realizar uma série de atividades, dentre as quais natação, hidroginástica, tai chi chuan, yoga, musculação, pilates, alongamento. Em contrapartida, Academias e Clubes credenciados receberão o valor de R$ 57,00 por aluno/mês.

“Estamos apoiando a construção deste programa desde o início de sua elaboração, há mais de dois anos. O Sindicato participou de reuniões com a Coordenação de Esportes do Estado para negociar uma forma de comprovar a frequência mínima dos idosos, quanto ao valor a ser pago pelo governo do Estado às academias e até o funcionamento e horário de uso do cartão. Estivemos na solenidade de lançamento oficial do programa, já como parceiros, certos de que esta é mais uma conquista também para nossos associados”, diz Gilberto Bertevello, presidente do Sindicato das Academias de São Paulo.

Instituído pelo decreto de lei nº 59.782 de 21 de novembro de 2013, o programa é destinado a conceder auxílio financeiro a idosos, proporcionando a oportunidade da prática de atividades físicas, esportivas ou de lazer em clubes e academias. A prioridade é atender o idoso de baixa renda e vulnerabilidade social ou que tenha prescrição médica indicando a prática de atividade física como medida preventiva ou curativa.

O programa já conta com quatro clubes e 20 academias inscritas. As cidades contempladas até agora são: São Paulo Capital, Santo André, Santos, São José do Rio Preto, Bauru, Poá, Suzano, Guarulhos, Mairiporã, Osasco e Mogi das Cruzes.

Os Clubes e Academias deverão oferecer no mínimo três atividades físicas, desportivas ou de lazer que busquem ações de prevenção, reabilitação, reinserção social e ocupacional dos idosos. Para se cadastrar no Programa basta preencher uma ficha de inscrição conforme as instruções no website www.selj.sp.gov.br, detalhar os procedimentos didáticos pedagógicos para cada das atividades oferecidas e ter em seu quadro de professores, profissionais credenciados junto ao CREF.

Mais informações:

Site da SELJ – www.selj@sp.gov.br (no link Programas)

E-mail cartaoatividade@selj.sp.gov.br

T: (11) 3241-5822 ramais 1096 e 1084

Endereço: Rua São Bento 380, 2º andar, Centro – São Paulo – SP, CEP 01010-904

Disponível em: http://www.sindicatodasacademias.org.br/SEEAATESPSindicatodasAcademias/tabid/569/ctl/Details/mid/1775/ItemID/4359/Default.aspx