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Benefícios do sono

9 jan

Você tem uma prova daqui 8 horas e não se sente preparado. O que é melhor fazer?Beber outro café e estudar mais ou dormir? Shai Marcu defende a segunda opção.

 

ENFRENTAR A VELHICE

6 out
  • Gerontocracia- Velhos influindo sobre tudo, combatendo as novas gerações, impedindo-as de assumir o poder e determinar as regras do próprio convívio.
  • Vingança retroativa- Todo velho hoje maltratado deve ter sido um pai ou mãe que maltratou ou ignorou os filhos.

A explicação sociológica para os maus tratos aos velhos na análise econômica  diz que o velho é ignorado por não estar mais no processo de produção e reprodução.Economicamente ele não existe.

Além dos rótulos de inoportuno e inútil há também o mito de que o velho não pode amar.

O velho queixa-se de tudo que nunca se queixou, mas por muito que se queixem , poucos velhos têm consciência para perceber quanto lhes foi exigido e o pouco retorno que obtiveram e por falta dessa consciência o velho acaba por se vitimizar, não percebendo que não é apenas um drama pessoal, mas sim um drama de todos os velhos.Por outro lado a hipocondria , o medo da morte , aviva todos os descuidos em relação ao corpo.

É muito fundo o protesto dos que não viveram quando vai chegando o fim da vida, poucos conseguem virar a situação e recomeçar.

No Oriente a velhice é muito mais respeitada e até glorificada.Os velhos sabem como são as coisas – a imagem do velho risonho e alegre como uma criança.No Ocidente, embora não haja esta ideologia, o aumento considerável de idosos tornou-se um mercado imenso, daí a intensificação dos estudos sobre a velhice.

O pior da velhice não é a proximidade da morte, mas sim a degradação lenta e contínua.Há uma diferença muito grande na velocidade do envelhecimento, que varia de organismo para organismo.

Para prevenir ou evitar os malefícios da velhice alguns cuidados são imprescindíveis: moderação na alimentação, exercícios, etc e cuidado na área emocional.Estabelecer relações afetivas é uma das grandes maneiras de sentir-se jovem e vivo.

Com relação aos cuidados do corpo, o exercício mais simples recomendado é a caminhada em marcha lenta.Uma boa atividade física não é a que é intensa mas sim a que desenvolve a consciência do próprio limite de esforço.Exercícios respiratórios são os de maior importância devido à dificuldade de respiração.Cuidar da postura também é fundamental.

A atividade erótica é de extremo valor da velhice.A noção popular de que o   velho tem pouca ou nenhuma atividade sexual é errônea.É claro que a sexualidade muda, assim como em todas as fases da vida-a ereção é mais lenta , mas pode durar muito tempo e o orgasmo, embora não freqüente poder ter duração e profundidade excepcionais.O erotismo na velhice decorre sem influência de hormônios, é por isso que o velho que o velho costuma se frustar ao esperar o sexo juvenil onde o orgasmo é a única finalidade.Já a mulher na velhice,sabemos que ela é capaz de experimentar orgasmos sucessivos e numerosos, desde que não seja muito reprimida e esteja estimulada.Alem disso ela tem duas espécies de orgasmos sobrepostos: um dependente do clitóris ( orgástico) e outro dependente da congestão venosa e do edema da pélvis.

Justamente por causa das modificações, a vida erótica do idoso pode ser melhor que em qualquer outra época e somente se tiver sido inibido ao longo da vida ou tiver muita vergonha do sexo é que o preconceito se cumprirá nele.

Por que as pessoas cometem suicídio?

26 set

Segundo a “Pesquisa nacional sobre suicídio de idosos e proposta de atuação do setor de saúde”o índice de suicídio no Brasil é em torno de 4,5% para cada 100 mil habitantes, entre idosos do sexo masculino, este índice dobra, podendo subir a 20% ou até 25% para cada 100 mil habitantes, dependendo dos lugares. Já a taxa de mulheres que cometeram suicídio no período analisado (1980-2009) quase não sofreu alteração.A população idosa cresce no país, porém o suicídio nessa faixa etária também vem aumentando.”

 

Quanto antes souber, mais tempo terá para lembrar!

26 set

Excelente material produzido pela ABRAZ.
Enquanto não temos a cura, a prevenção faz-se necessária. Fique atento aos sinais!!!

 

 

 

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O que a boca cala, o corpo fala!

22 jul

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AVD’s

22 jul

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As atividades de vida diárias servem como parâmetros da condição de saúde do idoso. Observe a autonomia e independência deles para realizá-las.

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Depressão X Tristeza

22 jul

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De Repente, 60 ou 2 x 30?

7 mar

Texto de Regina de Castro Pompeu, terceira colocada no Prêmios Longevidade Bradesco de Jornalismo, Histórias de Vida baseado no filme ” De repente 30?” , filme de Gary Winick.

Vale a pena conferir e repensar!

De Repente, 60?

Ao completar sessenta anos, lembrei do filme? De repente 30?, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.

Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade.

Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?

Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco!Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.

Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!

Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.

Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.

Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.

Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e empeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS.

Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).

Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões, vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas.

Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.

Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.

Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos).

Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo.

Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim…

Mas, do que é que eu estava falando mesmo?

Ah, sim, dos meus sessenta.

Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar Tranquilidade Pós-Menopausa?

Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex…agenária!

O texto também está disponível em forma de vídeo no canal do Youtube em: http://www.youtube.com/watch?v=P-zm6W8Kqvw