Arquivo | outubro, 2014

ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO

6 out

O envelhecimento ainda é uma incógnita para a Ciência.Este atraso se deve ao fato de que os verdadeiros pesquisadores abominaram entrar em um campo da medicina invadido por charlatães que afirmavam saber de poções mágicas, fontes da juventude e etc.Uma outra razão é a pequena quantidade de fundos para pesquisas.Na última década porém, o aumento significativo da população idosa fez com que a gerontologia tornasse-se uma ciência respeitável.

Os profissionais ligados à gerontologia enfrentam um primeiro e fundamental problema- os vícios de diagnosticação:

1)Todas alterações encontradas em um idoso serem decorrentes do envelhecimento natural.

2)Sintomas explicados pela senescência serem atribuídos à doenças.

 

*CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO

A vida é um processo contínuo com marcadores fisiológicos de uma para outra fase.

O desenvolvimento orgânico alcança a plenitude ao final da segunda década de vida, seguindo-se de uma relativa estabilidade por mais de uma década, quando ocorrem então as primeiras alterações relativas à velhice que podem ser divididas em 5 categorias:

1)Perda da capacidade reprodutiva na mulher idosa

2)As alterações funcionais caminham lado a lado com as estruturais

3)Diminuição da velocidade de condução das fibras nervosas envelhecidas

4)Alteração fisiológica secundária à interrupção de algum sistema de controle

5)Aumento da secreção do hormônio antidiurético em resposta à modificação osmótica.

A perda das funções se dá em 1% após os 30 anos de idade a cada ano.

 

*MECANISMOS HOMEOSTÁTICOS NO ENVELHECIMENTO

 Uma mesma solicitação em diferentes idade, encontra em indivíduos saudáveis diferentes potenciais de adaptação.

A manutenção da homeostasia de faz através de receptores que detectam desequilíbrio.

 

*MECANISMOS DE TERMORREGULAÇÃO NO ENVELHECIMENTO

Em seres humanos a temperatura corpórea depende do balanço entre perda e ganho de calor junto com a capacidade de conservá-lo resulta na homeotermia( temperatura constante).

Na pessoa idosa pode haver comprometimento nesses mecanismos, havendo queda na produção basal de calor e sua conservação.Há também a redução do fluxo sanguíneo em decorrência do débito cardíaco o que acarreta em mãos e pés frios nos idosos, além da diminuição do número de glândulas sudoríparas.

Ele apresenta maior dificuldade de sentir a temperatura ambiente, retardando medidas que visam protegê-lo termicamente.

A freqüência de morte por hipertermia após os 60 anos aumenta pois os excessos de calor são cumulativos e a morbidade é devida principalmente à incapacidade de manter o balanço de água e sal-o idoso pode ser incapaz de adquirir volume de fluido suficiente para manter a sudorese adequada.

 

*COMPOSIÇÃO CORPÓREA EM ÁGUA E TECIDO GORDUROSO

Na velhice há o aumento do tecido adiposo, redução da massa corpórea magra e perda de massa óssea.

A água corpórea total diminui assim como o líquido intracelular.

 

*ALTERAÇÕES CARDIOCIRCULATÓRIAS

O cardíaco sofre progressiva redução com o envelhecimento, porém as alterações do fluxo sanguíneo são diferentes para os órgãos.

 

*ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS

Várias modificações  ocorrem com o envelhecimento , a maior parte dependente da elasticidade pulmonar, favorecendo o aumento do volume residual, entre outras a partir dos 50 anos de idade.

 

*ALTERAÇÕES RENAIS

A função renal declina aproximadamente 50% dos 30 aos 70 anos de idade.Em conseqüência dessas alterações há a diminuição da capacidade de concentração e diluição urinárias, de reabsorção de sódio e da excreção de radicais ácidos.

Embora a insuficiência renal não possa ser atribuída à senescência, é certo que esta cria condições para que agressões pouco importantes para jovens possam ser responsáveis por graves disfunções em idosos.

 

 

 

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ENFRENTAR A VELHICE

6 out
  • Gerontocracia- Velhos influindo sobre tudo, combatendo as novas gerações, impedindo-as de assumir o poder e determinar as regras do próprio convívio.
  • Vingança retroativa- Todo velho hoje maltratado deve ter sido um pai ou mãe que maltratou ou ignorou os filhos.

A explicação sociológica para os maus tratos aos velhos na análise econômica  diz que o velho é ignorado por não estar mais no processo de produção e reprodução.Economicamente ele não existe.

Além dos rótulos de inoportuno e inútil há também o mito de que o velho não pode amar.

O velho queixa-se de tudo que nunca se queixou, mas por muito que se queixem , poucos velhos têm consciência para perceber quanto lhes foi exigido e o pouco retorno que obtiveram e por falta dessa consciência o velho acaba por se vitimizar, não percebendo que não é apenas um drama pessoal, mas sim um drama de todos os velhos.Por outro lado a hipocondria , o medo da morte , aviva todos os descuidos em relação ao corpo.

É muito fundo o protesto dos que não viveram quando vai chegando o fim da vida, poucos conseguem virar a situação e recomeçar.

No Oriente a velhice é muito mais respeitada e até glorificada.Os velhos sabem como são as coisas – a imagem do velho risonho e alegre como uma criança.No Ocidente, embora não haja esta ideologia, o aumento considerável de idosos tornou-se um mercado imenso, daí a intensificação dos estudos sobre a velhice.

O pior da velhice não é a proximidade da morte, mas sim a degradação lenta e contínua.Há uma diferença muito grande na velocidade do envelhecimento, que varia de organismo para organismo.

Para prevenir ou evitar os malefícios da velhice alguns cuidados são imprescindíveis: moderação na alimentação, exercícios, etc e cuidado na área emocional.Estabelecer relações afetivas é uma das grandes maneiras de sentir-se jovem e vivo.

Com relação aos cuidados do corpo, o exercício mais simples recomendado é a caminhada em marcha lenta.Uma boa atividade física não é a que é intensa mas sim a que desenvolve a consciência do próprio limite de esforço.Exercícios respiratórios são os de maior importância devido à dificuldade de respiração.Cuidar da postura também é fundamental.

A atividade erótica é de extremo valor da velhice.A noção popular de que o   velho tem pouca ou nenhuma atividade sexual é errônea.É claro que a sexualidade muda, assim como em todas as fases da vida-a ereção é mais lenta , mas pode durar muito tempo e o orgasmo, embora não freqüente poder ter duração e profundidade excepcionais.O erotismo na velhice decorre sem influência de hormônios, é por isso que o velho que o velho costuma se frustar ao esperar o sexo juvenil onde o orgasmo é a única finalidade.Já a mulher na velhice,sabemos que ela é capaz de experimentar orgasmos sucessivos e numerosos, desde que não seja muito reprimida e esteja estimulada.Alem disso ela tem duas espécies de orgasmos sobrepostos: um dependente do clitóris ( orgástico) e outro dependente da congestão venosa e do edema da pélvis.

Justamente por causa das modificações, a vida erótica do idoso pode ser melhor que em qualquer outra época e somente se tiver sido inibido ao longo da vida ou tiver muita vergonha do sexo é que o preconceito se cumprirá nele.

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